domingo, 29 de abril de 2007

Como tudo começou

Sempre fui apaixonado por aquários, desde muito pequeno, eu já capturava peixinhos de rio e mantia-os em vidros de azeitona, alimentando-os com farelo de pão (pobres cobaias iniciantes), com o tempo um amigo da família observando minha paixão por peixes me deu meu primeiro tanque,fui saber depois era um tanque para tartarugas, media 30X20X20.

Assim eu todo animado,tinha cerca de 8 anos, considerei que tinha meu primeiro aquário, minha mãe que sempre foi minha grande incentivadora no hobby saiu comigo para primeira compra(mais vítimas), mas, passado um tempo as plantas morriam os peixes morriam e eu ficava muito frustrado. Minha família sempre foi simples e aquarismo muito dispendioso, principalmente a 20 anos atrás, por isso somente aos 15 anos minha mãe pode me dar um aquário de verdade, dessa vez ele era completo:

Vidro 80X40X40
Luminária com lâmpada para plantas
Bomba de ar externa
Placa de filtragem
Aquecedor (aquecedor que eu nem cheguei a usar)

Foram dias felizes, mas, apesar disso eu continuava a perder peixes, que agora passavam a durar meses, as plantas nunca desenvolviam, com exceção das Elódias o restante morria rápido.
É que a informação nessa época era um artigo de luxo em aquarismo, e os aquaristas da cidade não pareciam se importar muito com um garoto de 15 anos que ficava especulando, e além disso teimando em fazer tudo ao contrário,eu colocava tudo que era espécie de peixe que conseguia comprar(ou capturar),tinha espadas, guppys,lambari,ciclideos,mandi,japoneses,siris, enfim tudo que encontrava.

O resultado era desastroso, canibalismo, peixes que comiam plantas, doenças (íctio por falta de aquecimento, apesar de ter aquecedor eu nunca usei) e por fim o mais frustrante era quando o aquário estava bem estabilizado e eu tinha que desmontá-lo para limpar e começar do zero.

Em uma dessas desmontagens joguei fora o isopor que ficava em baixo do vidro, afinal para que manter aquela coisa velha? E nesse dia tinha encontrado em uma de minhas expedições uma bonita pedra que tomava metade do aquário, montei o aquário e quando estava arrumando a bagunça toda, minha irmã que era minha ajudante voluntária (nem sempre) começou a gritar e gesticular subindo e descendo as escadas, eu pensei comigo, surtou de vez, só depois de 2 minutos de sobe e desce de escadas, é que descobri o que tinha acontecido, o vidro tinha rachado no fundo de fora a fora e começou um verdadeiro dilúvio, na época eu pensei que tinha sido o peso da pedra mas, só 8 anos mais tarde fui compreender a função do isopor.

Quando casei, meu velho aquário ficou com minha mãe e minha irmã passou a cuidar dele, tinham ficado então apenas um casal de Japonês com o qual tivemos uma grata surpresa pois eles deram cria e dela um filhote se desenvolveu e ficando no aquário por seis anos, junto com seus pais, mas, aí minha mãe e irmã viajaram por 15 dias e meu pai desligou todos os equipamentos do aquário para economizar energia, além de negligenciar a alimentação, foi o fim para os Japinhas.
Era o fim desse aquário na família, desanimada minha mãe deu o aquário para meu vizinho que o mantém até hoje onde apenas foi trocada a bomba de oxigênio (por outra igual) mas, meu vizinho ainda mantém belos japoneses, lá.

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