terça-feira, 26 de junho de 2007

Diário da desova dos Acarás Bandeira


Sinto-me muito feliz por ter vivido a experiência acima em meu aquário, durante o processo tive muitas dúvidas, mas, tudo aconteceu de forma muito natural.

Já há algum tempo eu notava a agressividade entre os bandeiras que na ocasião eram três, como eu não sabia quais eram machos e quais eram fêmeas simplesmente, achei que poderia ser uma briga herárquica pois estes peixes sempre foram agitados, mas, quando isso começou a prejudicar o restante do aquário optei por retirar um dos bandeiras do aquário, o mais agressivo, para ver se a hostilidade diminuiria, mas, três dias após eu ter feito a separação, verifiquei que a dupla que sobrou agora começava a mordiscar muito uma folha grande de uma planta do aquário e agora estavam bem agressivos com todos que chegavam perto dessa planta, ai comecei a suspeitar que poderia ser a formação de um casal com base nos relatos que já tinha lido na internet.

Apesar disso estava meio sético e me preparando para retirar os dois malucos restantes, mas, antes disso eles me surpeenderam colocando seus ovos na folha o que para mim foi uma grande surpresa, pois não esperava que em menos de quatro meses do aquário pronto já teria essa sorte.

Entre a postura dos ovos e a eclosão dos alevinos foram 7 dias, e durante essa fase a agressividade dos pais aumentou muito, a ponto de todos os demais peixes ficarem encurralados em um canto do aquário, agora eu tinha um aquário de 200 litros para 2 acarás e seus alevinos, essa parte realmente incomodou bastante, pois eles atacavam qualquer um que se vira-se para os ovos.

Mas, infelizmente como já era de se esperar já no nono dia todos os alevinos tinham sido devorados, em um comunitário com mato-grosso, espada e platis eu já sabia que eles não teriam muita chance, mas, mesmo assim foi uma experiência encantadora, agora estou separando o casal em outro aquário pois já li relatos que afirmam que eles costumam desovar novamente nos 20 dias seguintes a primeira desova , vamos ver...

sexta-feira, 15 de junho de 2007

Disco carinhoso..

Há quem diga que um cão e um gato são melhores que ter peixes por causa do contato físico, esse vídeo mostra que peixes também gostam de afago ...


segunda-feira, 11 de junho de 2007

Cuidados com aquário durante as férias...

Neste mês de Junho, tive o prazer de passar 7 dias em Porto Seguro, apesar da euforia a grande preocupação era com o aquário, afinal seria minha primeira temporada longe da galera aquática, e eu não sabia como eles poderiam se comportar sem os meus, cuidados, para minha facilidade não ocorreram maiores baixas, apenas um Pitú morreu, mas, pelo tamanho dele acho que foi de velhice mesmo.

No meu caso pude contar com uma pessoa para alimentar os peixes e como tenho um timer para controlar a iluminação, no retorno meu trabalho foi apenas com a manutenção, uma limpeza super nos vidros os quais eu nunca tinha visto tão sujos e uma Tpa caprichada, pois estava imundo, acho que exageraram na alimentação, no mais estava tudo legal.

Bom, mas, para quem vai viajar e não conta com os mesmos recursos ou ainda está inseguro (eu fiquei), eu pesquisei sobre o assunto e antes de viajar me orientei pela pesquisa abaixo façam bom uso:


Os peixes saudáveis passam perfeitamente uma semana sem comida. Quando sair de casa num fim de semana nem se preocupe em arranjar alguém para ir dar de comida aos peixes. (De facto, alguém não muito familiarizado com aquários irá provavelmente sobrealimentar os peixes enquanto estiver fora deixando-lhe um problema para resolver quando voltar).

Evite os "alimentos de fim-de-semana" que se dissolvem lentamente. Podem alterar o pH do aquário e deixar comida em excesso no aquário faça uso somente se não tiver ninguém que possa cuidar de seus peixes por você.

Os alimentadores automáticos, podem ser úteis como "medida prévia" da quantidade de comida a fornecer no dia a dia.

Se for viajar por mais de uma semana terá de fazer alguns preparativos para alguém alimentar os seus peixes, empresas especializadas em aquários, fazem-no cobrando o serviço, mas a maioria das pessoas pede a um amigo ou vizinho que muitas vezes não têm aquário.

Sobrealimentação prolongada pode sobrecarregar o seu filtro e comprometer o aquário, e a melhor maneira de evitar isso é fazer pacotes individuais (pequenos envelopes) cada um contendo a quantidade para um dia. Os peixes não têm de ser alimentados todos os dias, e não lhes deve ser dada mais quantidade do que o normal para um dia, mesmo que tenham estado uns dias sem comida. Recomende seu ajudante para NÃO compensar os dias que não deu comida, dando comida a mais.

Se o seu aquário tiver uma taxa de evaporação alta talvez seja melhor pedir-lhe para repor o nível com água nova. Isto é muito importante num aquário marinho para que a salinidade não varie demasiada.


Não há como garantir que não haverá uma falha do equipamento ou outro tipo de desastre enquanto estiver ausente, mas pode minimizar o risco substituindo qualquer peça mais suspeita antes (de modo a certificar-se que a peça substituta funciona).

Treine rapidamente a pessoa que irá cuidar do seu aquário para que entenda o funcionamento básico dos equipamentos essenciais, tipo como funciona o timer que controla a iluminação, para que ele não se assuste quando as lâmpadas se acenderem ou apagarem sozinhas, explique que o termostatos e filtros externos não devem ser desligados em hipótese nenhuma, etc. Pode parecer tolice mas, em uma de minhas viagens meu pai desligou todos equpamentos do aquário da tomada para economizar energia, uma vez que ninguém estava lá para vê-lo mesmo.
Não adicione qualquer peixe novo no mês anterior às suas férias para o caso de serem introduzidas doenças que demorem algum tempo a aparecer.

Limpe o aquário e o filtro e faça uma mudança normal de água antes de se ir embora, mas se tem negligenciado a manutenção não espere até à véspera para o fazer de repente. Isso vai perturbar os peixes e talvez danifique as bactérias da filtragem quando mais precisa delas.

Se houver um problema grave, as hipóteses são que seja descoberto tarde demais para fazer algo. No entanto, tomar conta dos peixes de alguém pode ser uma grande responsabilidade, e o seu ajudante terá mais paz de espírito se tiver o telefone de uma loja de peixes ou outra fonte de conselhos profissionais para ligar numa emergência.

(Fonte: http://faq.thekrib.com/pt/begin-longterm.html)

quinta-feira, 7 de junho de 2007

PH, entenda um pouco mais sobre ele...

O pH é o potencial de hidrogênio, a grosso modo seria o "balanço" entre os íons H e os íons OH presentes na água. O pH 7 é neutro, ou seja, a quantidade de cargas H é equivalente à quantidade de cargas OH. Quando há mais íons H do que OH, o pH é ácido, do contrário, alcalino. O pH é uma escala logarítmica, o que significa que um ponto de pH significa 10 vezes mais acidez ou alcalinidade.



Para o aquarista, o mais é importante é saber que todo peixe tem uma faixa de pH na qual vive melhor, que geralmente é a faixa do seu habitat natural. Assim, neons e discos são peixes de água ácida, enquanto ciclídeos africanos e poecilídeos são de água alcalina.

O ideal é tentarmos manter nossos peixes dentro da faixa de pH em que eles vivam melhor, mas é importante termos em mente o conceito de FAIXA de pH. O pH na natureza e mesmo em nossos aquários varia em função de vários fatores, claro que na natureza a variação é mínima devido à quantidade de água, mas é praticamente impossível cravá-lo num determinado valor, além disso, muito mais prejudicial do que um pH que não seja o considerado ideal para os peixes, são as variações bruscas de pH.

Na prática, é considerado normal uma faixa com variação de 0,4 acima ou 0,4 abaixo do pH considerado ideal. Por exemplo, se o pH ideal pra um determinado peixe é 6,8, não há porquê se preocupar enquanto o pH do aquário estiver numa faixa de 6,4 a 7,2. Se o aquarista quiser mais precisão, dá pra estreitar essa faixa em 6,6 a 7,0, o que dará mais trabalho, mas não é impossível, já fixar o pH em 6,8 é uma missão ingrata.

Para alcalinizar ou acidificar o pH, o primeiro passo é descobrir a razão pela qual o pH se torna ácido ou alcalino. Muitos fatores concorrem para a mudança do pH. Os mais comuns seriam:

- Acidificação
Acúmulo de matéria orgânica;
Injeção de CO2;
Adição de ácidos.

- Alcalinização
Perda de CO2;
Materiais calcáreos (rochas, substrato);
Alto KH (dureza carbonata) da água de reposição.Um fator importantíssimo a considerar é o KH. O KH é a reserva alcalina da água, quanto maior ele for, mais íons H serão necessários pra baixar o pH, ou seja, mais difícil será acidificar a água. Portanto, se o KH da torneira já vem alto, acidificar o pH é bem mais trabalhoso.

Algumas dicas:
- Procure sempre descobrir a causa da variação do pH.
- É bem mais fácil alcalinizar o pH do que acidificar.
- Água com alto KH torna difícil baixar o pH.
- Se o pH baixa demais, é sinal de muita matéria orgânica no aquário, tome cuidado. Uma leve tendência à acidificação é normal, uma forte é preocupante, principalmente com filtro biológico de fundo (FBF).
- Peixes suportam bem faixas de pH, mas é importante evitar variações bruscas.
- Métodos de acidificação são o uso de algumas medeiras, xaxim, turfa, injeção de CO2, acidificantes industrializados etc.
- Métodos de alcalinização são bicarbonato de sódio, dolomita, pedras calcáreas, alcalinizantes industrializados etc.


Fontes - Autor : Fabrício Fraga